O Bispo de Mar del Plata, na Argentina, Dom Gabriel Antonio Mestre, visitou o lixão da cidade por ocasião do Natal para abençoar as pessoas que trabalham no local e para dar esperança de que “existe um mundo e é possível uma vida diferente”.

“Fiquei muito surpreendido pela situação que vivem de vulnerabilidade extrema, em um lugar onde a situação é desagradável, perigosa, em relação ao trabalho que eles realizam com o lixo que está chegando, para poder conseguir algo para comer ou vender e assim sobrevivem. Muito forte”, disse o Prelado ao jornal ‘El Marplatense’.

“É impressionante ver a situação de crianças, mulheres realizando esse tipo de trabalho”, manifestou.

Lixão em Mar del Plata / Foto: Jornal ‘El Marplatense’

O Prelado assinalou que “por trás de cada rosto, cada pessoa, há histórias, algumas muito difíceis, que precisam ser abençoadas e tocadas pelo Senhor” e contou que todas as pessoas às quais ofereceu a bênção “a receberam com muito prazer”.

Dom Gabriel Mestre abençoa os trabalhadores do lixão / Foto: jornal ‘El Marplatense’

Em relação à sua experiência pessoal durante a visita do dia 20 de dezembro, o Bispo de Mar del Plata afirmou que deve “reconhecer” que há “periferias geográficas que nos pertencem e que nos causam sofrimentos”.

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Por isso, exortou às autoridades a organizarem “políticas de longo prazo, para além dos partidos políticos, onde estas realidades não deveriam existir”.

Dom Gabriel Mestre sublinhou a necessidade de “vincular com outras áreas, para que esta situação de trabalho extremo possa ser transformada em outras que melhorem a qualidade de vida deles. Nós fomos dizer isso, conversar e oferecer o pouco que a igreja pode fazer, que em alguns casos acaba sendo muito”.

Dom Gabriel Mestre dando água a jovens do lixão / Foto: Jornal ‘El Marplatense’

Recordou que falou recentemente com a governadora da província de Buenos Aires, Maria Eugenia Vidal, e com o município Geral Pueyrredón. “De nosso pedido pacífico e sereno, apelamos a qualquer nível de ação política para poder dar uma resposta precisa e concreta”.

“O lixão é um problema endêmico da nossa cidade, não é um problema de um ano ou dois anos. O nosso pedido busca justamente dar uma resposta sustentada ao longo do tempo”, sublinhou.

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